A palavra apóstolo pode
ser usada em um sentido amplo ou restrito. Em sentido amplo, ela significa
“mensageiro” ou “missionário pioneiro”. Mas em sentido restrito, que é o mais
comum no Novo Testamento, refere-se a um ofício específico, “apóstolo de Jesus Cristo”.
Esses apóstolos tinham autoridade única para fundar e liderar a igreja
primitiva e podiam falar e escrever a palavra de Deus. Muitas de suas palavras
escritas tornaram-se as Escrituras do Novo Testamento.
Para se qualificar como apóstolo era preciso: (1) ter visto com os próprios
olhos o Cristo ressurreto e (2) ter sido designado apóstolo pelo próprio
Cristo. Houve um número limitado de apóstolos, talvez quinze ou dezesseis, ou
alguns mais – o Novo Testamento não é explícito sobre o número. [...] Parece
que nenhum apóstolo foi designado depois de Paulo e, certamente, já que ninguém
hoje pode preencher o requisito de ter visto o Cristo ressurreto com os
próprios olhos, não há apóstolos hoje. [...]
Embora alguns hoje usem a palavra apóstolo para referir-se a fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e proveitoso, porque simplesmente confunde quem lê o Novo Testamento e vê a grande autoridade ali atribuída ao ofício de “apóstolo”. [...] Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título de “apóstolo”, logo levantam a suspeita de que são motivados por um orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra pessoa deve corretamente ter.
Embora alguns hoje usem a palavra apóstolo para referir-se a fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e proveitoso, porque simplesmente confunde quem lê o Novo Testamento e vê a grande autoridade ali atribuída ao ofício de “apóstolo”. [...] Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título de “apóstolo”, logo levantam a suspeita de que são motivados por um orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra pessoa deve corretamente ter.
Wayne Grudem, Teologia Sistemática (p. 764).
No contexto mais amplo
do Novo Testamento, fica claro que outros além dos apóstolos realizavam
milagres, como Estevão (At 6,8), Filipe (At 8,6-7), cristãos das
várias igrejas da Galácia (Gl 3,5) e pessoas agraciadas com dons de “milagres”
no corpo de Cristo em geral (1Co 12,10;28). Os milagres, como tais, não podem
ser considerados sinais exclusivamente dos apóstolos. Na verdade, os
“operadores de milagres” e os agraciados com os “dons de cura” são de fato distinguidos
dos “apóstolos” em 1Coríntios 12,28: “A uns estabeleceu Deus na igreja,
primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar,
mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar…” [...]
O argumento de que muitos outros cristãos do Novo Testamento operavam milagres é às vezes rebatido pela alegação de que somente os apóstolos e os que eram muito ligados a eles, ou aqueles em quem os apóstolos impunham as mãos, é que operavam milagres. Contudo, isso na verdade prova bem pouca coisa, pois a história da igreja do Novo Testamento é a história daquilo que se fez por meio dos apóstolos e das pessoas intimamente ligadas a eles. Pode-se formular argumento semelhante sobre a evangelização e sobre a fundação de igrejas: “No Novo Testamento, as igrejas só eram fundadas pelos apóstolos ou por pessoas muito ligadas a eles; portanto, não devemos fundar igrejas hoje”.
Wayne Grudem, Teologia Sistemática (p. 294).
O argumento de que muitos outros cristãos do Novo Testamento operavam milagres é às vezes rebatido pela alegação de que somente os apóstolos e os que eram muito ligados a eles, ou aqueles em quem os apóstolos impunham as mãos, é que operavam milagres. Contudo, isso na verdade prova bem pouca coisa, pois a história da igreja do Novo Testamento é a história daquilo que se fez por meio dos apóstolos e das pessoas intimamente ligadas a eles. Pode-se formular argumento semelhante sobre a evangelização e sobre a fundação de igrejas: “No Novo Testamento, as igrejas só eram fundadas pelos apóstolos ou por pessoas muito ligadas a eles; portanto, não devemos fundar igrejas hoje”.

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